Sobre o quê –
Advinha? É sobre a Becky em Hollywood? Você não sabe quem é Becky? Então vá ler
os “Delírios de Consumo de Becky Bloom” e depois volte pra essa resenha, sério,
é por lá que você deve começar. Bom, o título é auto explicativo, Beky vai
morar em Los Angeles porque o marido arrumou um emprego lá. Aí tudo é confusão, quase como sempre.
Crítica- Se
tem uma coisa que sempre me impressionava na Sophie Kinsella era o fato de ela conseguir
manter a qualidade em todos os seus livros, não só o que têm a Becky como
protagonista, mas todos, absolutamente cada um deles.
Infelizmente,
pra nós e pra ela, isso era verdade até esse título. O problema com o livro é
justamente esse, ele tem tantas imperfeições que parece ter sido escrito por
outra pessoa.
Dá
impressão que a Sophie Kinsella somente assinou. E sem ler.
De
cara, se nota uma quantidade enorme de infantilidades que destoa da obra da
autora. Veja bem, detesto o termo literatura “mulherzinha”, mas consigo aturar,
agora se houvesse um termo para esse livro, seria literatura “adolescentezinha idiotazinha”.
É
absurdo o fato de Rebecca ( a nossa Becky) ter ficado mais infantil com o
passar dos anos, tão infantil a ponto de ter discussões tatibitati com a melhor
amiga. Só faltou as duas irem brincar num parquinho. Juro.
Como
eu sou fã da autora, a ponto de ficar toda empolgada quando vejo um lançamento
na livraria, imaginava que ia haver uma reviravolta típica dos seus livros.
Ora,
estamos falando da mulher que escreveu mais de 5 livros da Becky impecáveis,
sem falar nos que tinham protagonistas diferentes, pois outro ponto de destaque
da autora sempre foi justamente saber que determinadas histórias não combinavam
com a personagem dos “Delírios de Consumo”, por isso, era criada outra, como
foi com a executiva Samantha Sweet, se não me engano, e mais com mais umas duas,
pelo menos
.
Uma história bem contada sempre pareceu ser a
prioridade de Sophie, ainda que Becky tivesse que ficar de molho.
Por
isso, durante as não sei quantas páginas de “Becky Bloom em Hollywood”, achei
que algo mágico devia estar para acontecer, íamos descobrir que ela estava sob
o efeito de anti depressivos ou drogas pesadas ou viriam situações tão hilárias
que nem iríamos lembrar de tanta bobagem.
Mas
nada disso acontece.
Além
de parecer um pesadelo infantil, e, pra mostrar que é sempre possível piorar, o
livro termina com um monte de problemas estranhamente não resolvidos, como se
alguém decidisse tomar a prova da aluna antes de ela conseguir responder tudo.
Dá a
impressão que um apito tocou e a edição foi entregue, só deu tempo de escrever
“fim”.
Sei
o quanto o mercado editorial é cruel e que a vida também não tá fácil pra
ninguém, mas como não perceber que um miserável ( no sentido mais triste da
palavra) título pode comprometer toda uma obra escrita de forma artesanalmente
perfeita? E estou me referindo a livros com mais de 300 páginas cada.
Acho
que foi isso e não o fato de ter lido um livro bobo, porque o livro é isso
mesmo- bobo, feio e chato- com seus diálogos idiotas- isso que me deixou triste
a ponto de voltar a esse meu espaço de resenhas tão abandonado!
Eu
precisava contar para o mundo ou para os meus pouquíssimos (mas selecionados!)
leitores que Sophie Kinsella não é assim. Becky Bloom não é retardada, nem seus
livros são uma sucessão de piadas mal contadas.
Isso
foi um engano terrível, somente isso, um escorregão, uma pisada em falso
seguida por um tombo monumental. E todas
as fãs da Becky vão torcer muito para que jamais volte a acontecer.
Gisela
Cesario.
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