Sunday, August 29, 2010

Livros de Julho: O Guerreiro Solitário, Atestado de Óbito e outro que eu não lembro o nome por motivos óbvios.

Aviso: Aos meus menos de 17 leitores, aviso sobre a mudança de formato nas resenhas que publico. Agora, em vez de falar sobre o último livro que li, farei um resumo do mês. Claro que, se algum exemplar valer uma resenha só pra ele, escreverei com prazer. Fora isso, pretendo apenas tecer breves comentários sobre cada obra, ficando calada também quando for o caso. É isso.

Julho: Em algumas épocas de nossas vidas, o suspense faz mais sentido que tudo. Pode-se dizer que eu estou em uma dessas épocas. Meu objetivo com as aquisições que fiz foi não pensar nos meus próprios problemas. Para isso, seria preciso que alguém me apresentasse problemas bem mais interessantes e, claro, com uma solução possível. Vamos ver como cada um se saiu.

Atestado de Óbito: Jenny, a atormentada personagem principal desse romance, proporciona excelentes momentos nos quais é possível se entregar totalmente ao texto, principalmente para quem se identifica com problemas psicológicos convivendo com problemas de trabalho e problemas de família. Porém, e infelizmente há um porém, nosso exemplar fica na média da maioria dos suspenses, com soluções pouco críveis, beirando o fantástico. Não que isso não seja normal. É. Por isso, o romance bate as asas, mas não decola.

O Guerreiro Solitário: Não sei por que, ou melhor, sei mas vou fingir que não, esse autor está sendo tão aclamado juntamente com seu nada extraordinário detetive. Wallander, o tal detetive, não tem nada demais e ainda promete o que não cumpre, coisa também não rara em suspenses médios, como esse. Deve ser muito difícil construir um tipo com personalidade como Poirot. O problema com Wallander é o que não acontece, o que ele sugere, como o relacionamento com uma mulher chamada Baiba, a qual não tem uma linha de fala no livro. Por que nos fazer esperar algo quando nada virá? Em termos de história, novamente temos uma solução mágica para algo que parecia, durante algumas páginas, bem real. Leia, se quiser se divertir, mas não espere se apaixonar.

Gisela Cesario